Em uma audiência pública realizada em 14 de abril de 2023 pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG), jornalistas, radialistas e representantes de sindicatos se reuniram para debater o assédio e a violência enfrentados no exercício da profissão. O evento destacou a falta de registros oficiais de acidentes e mortes na categoria, um fato que contrasta com dados da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e obriga a criação de políticas públicas para proteção desses profissionais.
A procuradora do Trabalho Elaine Nassif sublinhou que, apesar dos riscos, o setor ainda carece de registros de CATs (Comunicações de Acidente de Trabalho), o que impede um suporte mais eficaz e o cumprimento das normas de segurança. Representantes sindicais apresentaram dados preocupantes: segundo a ABRAJI, de janeiro a junho de 2022 foram registrados 222 casos de agressões, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior.
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De janeiro a junho de 2022 foram registrados 222 casos de agressões
Outro ponto discutido foi a atuação de influenciadores digitais e o impacto de notícias falsas e mensagens de desinformação, que prejudicam a oposição ao jornalismo profissional. O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) ressaltou a importância da regulamentação e a necessidade de restabelecer a exigência do diploma para o exercício da profissão.
A audiência pública foi encerrada com propostas de ação, melhorias na segurança e suporte aos profissionais de comunicação. As deliberações completas podem ser acessadas na ata oficial do evento.
Assédio e Violência Contra Jornalistas e Radialistas no Livre Exercício da sua Profissão